As tribos de Israel



As 12 Tribos de Yisra´el



Para falar das 12 tribos, temos que retroceder na história para a cidade de Ur, onde Deus chamou um homem para seguir a uma terra distante deixando para trás amigos e família fazendo dele,  Abraham (Abraão) Pai de multidões. 

As dozes tribos são unidades patriarcais do antigo povo hebreu, originaria tradicionalmente pelos 12 filhos de Yisra´el (Israel) que nasceu com o nome de Yaacov (Jacó), que era neto de Abraham. A origem das 12 tribos está descrita em Gênesis 29, 30 e 35.

Seriam eles: Re´uven (Rubén), Shim´on (Simeão), Levi (Levi), Yehudá (Judá), Dan (Dã), Naftali (Naftali), Gad (Gade), Asher (Aser), Yissachar (Issacar), Zevulun (Zebulom), Yossef (José) e Binyamin (Benjamin).

Mas esses 12 nomes ainda não correspondem exatamento as 12 tribos de Yisraél. As 12 tribos são derivadas de 10 filhos de Yaachov e 2 filhos de Yossef (José), abençoados por Yaachov como seus próprios filhos: Efrayim (Efraim) e Meneshé (Manassés) ficando assim Yossef com porção dobrada. A tribo de Levi (3º filho de Yaachov) não participa das 12 tribos iniciais pois Deus separou-a tribo para servi-Lo no sacerdócio e em ministérios, e justamente com essa missão não teriam um local específico na terra prometida chamada Canaã . 

Ficando as doze tribos como: Rúben, Simeão, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, Manassés, Efraim e Benjamim. Dentro desta organização, as pessoas da tribo de Levi viviam entres seus irmãos.



Já em Apocalipse 7 as tribos de Dan e Efrayim não são contadas, assumindo seus lugares as tribos de Levi e Yossef.  As tribos de Dan e Efrayim foram excluídas por conta da idolatria (Deuternonômio 29:16-20).


Yehudá





A tribo de Judá.

Tribo que descendeu de Judá que era o quarto filho de Jacó e de Léa, e a raiz hebraica de seu nome, Tah hu Dah, é a expressão de agradecimento a Deus. 

Cerca de 216 anos depois de Judá ir ao Egito, junto com a família de Jacó, os varões vigorosos da tribo, de 20 anos de idade para cima, haviam aumentado para 74.600, número maior do que o de qualquer outra das 12 tribos. (Núm 1:26, 27) Ao fim dos 40 anos de peregrinação pelo ermo, os varões registrados de Judá haviam aumentado em 1.900. — Núm 26:22.

Foi sob a direção de Bezalel, de Judá, e de seu ajudante danita, Ooliabe, que se construiu o tabernáculo, sua mobília e seus utensílios. (Êx 35:30-35) Depois de o santuário ter sido erguido, Judá, junto com as tribos de Issacar e Zebulão, acampava ao L dele. — Núm 2:3-8.
Evidência Inicial de Liderança. A bênção profética de Jacó havia atribuído o papel de liderança a Judá (Gên 49:8; compare isso com 1Cr 5:2), e o cumprimento dela é confirmado até mesmo pela primitiva história da tribo. Sob a liderança do seu maioral Nasom, Judá encabeçava a marcha através do ermo. (Núm 2:3-9; 10:12-14) Também, esta tribo produziu Calebe, um dos dois espias fiéis que tiveram o privilégio de entrar novamente na Terra da Promessa. Embora já avançado em anos, Calebe teve participação ativa na conquista da terra aquinhoada a Judá. A própria tribo foi designada por Deus para tomar a dianteira na luta contra os cananeus, e ela fez isso em associação com os simeonitas. (Núm 13:6, 30; 14:6-10, 38; Jos 14:6-14; 15:13-20; Jz 1:1-20; compare isso com De 33:7.) Mais tarde, Judá, de novo à base duma autorização divina, liderou a ação punitiva militar contra Benjamim. — Jz 20:18.

A Herança de Judá. O território aquinhoado à tribo de Judá era delimitado pelo território de Benjamim ao N (Jos 18:11), o mar Salgado (mar Morto) ao L (Jos 15:5) e o Grande Mar (Mediterrâneo) ao O (Jos 15:12). A fronteira meridional parece ter seguido em direção ao SO, desde o ponto mais meridional do mar Morto até a subida de Acrabim; dali, passava para Zim, subia em direção N perto de Cades-Barnéia, e finalmente ia até o Mediterrâneo passando por Esrom, Adar, Carca, Azmom e o vale da torrente do Egito. (Jos 15:1-4) A parte deste território principalmente em torno de Berseba foi designada aos simeonitas. (Jos 19:1-9) Os queneus, uma família não-israelita aparentada com Moisés por casamento, também passou a residir no território de Judá. — Jz 1:16.

Diversas regiões naturais distintas encontravam-se dentro das fronteiras designadas do antigo Judá. O Negebe, que em grande parte é um planalto de 450 a 600 m acima do nível do mar, jaz ao S. Ao longo do Mediterrâneo estende-se a planície da Filístia, com suas dunas de areia que às vezes penetram até 6 km terra adentro. Nos tempos primitivos, esta planície ondulante era uma região de vinhedos, olivais e campos de cereais. (Jz 15:5) Logo ao L dela surge uma região colinosa, cortada por numerosos vales, que atinge ao S uma altitude de uns 450 m acima do nível do mar. Esta é a Sefelá (que significa “Terra Baixa”), região antigamente coberta de sicômoros. (1Rs 10:27) É uma terra baixa em comparação com a região montanhosa de Judá, mais ao L, e que tem elevações que variam de uns 600 a mais de 1.000 m acima do nível do mar. Os morros calvos que ocupam a descida oriental dos montes de Judá constituem o ermo de Judá.

Sob a liderança de Josué, o poder dos cananeus parece ter sido quebrantado no território dado a Judá. Todavia, visto que evidentemente não se estabeleceram guarnições ali, os habitantes originais parecem ter voltado a cidades tais como Hébron e Debir, provavelmente enquanto os israelitas guerreavam em outro lugar. Portanto, estes lugares tiveram de ser capturados de novo. (Veja Jos 12:7, 10, 13; Jz 1:10-15.) Mas os habitantes da baixada, com seus carros bem equipados, não foram desapossados. Sem dúvida, estes incluíam os filisteus de Gate e de Asdode. — Jos 13:2, 3; Jz 1:18, 19.

Dos Juízes a Saul. Durante o período turbulento dos juízes, Judá, igual às outras tribos, repetidas vezes caiu na idolatria. Por isso, Jeová permitiu que nações circunvizinhas, especialmente os amonitas e os filisteus, invadissem o território de Judá. (Jz 10:6-9) Nos dias de Sansão, os de Judá não somente tinham perdido todo o controle sobre as cidades filistéias de Gaza, Ecrom e Ascalom, mas os filisteus realmente haviam passado a dominá-los. (Jz 15:9-12) Parece que foi só no tempo de Samuel que o território de Judá foi recuperado dos filisteus. — 1Sa 7:10-14.

Depois de Saul, da tribo de Benjamim, ser ungido por Samuel como primeiro rei de Israel, os homens de Judá lutaram lealmente sob a sua liderança. (1Sa 11:5-11; 15:3, 4) As batalhas mais freqüentes eram contra os filisteus (1Sa 14:52), os quais parecem ter novamente obtido a superioridade sobre os israelitas. (1Sa 13:19-22) Mas, aos poucos, o poder deles foi reduzido. Com a ajuda de Deus, Saul e seu filho Jonatã obtiveram vitórias sobre eles na região entre Micmás e Aijalom. (1Sa 13:23-14:23, 14:31) Mais tarde, quando os filisteus invadiram Judá, eles novamente foram derrotados depois de o jovem pastor Davi, de Judá, matar seu campeão Golias. (1Sa 17:4, 48-53) Subseqüentemente, o Rei Saul colocou Davi, que já havia sido ungido como futuro rei de Israel, sobre os guerreiros israelitas. Neste cargo, Davi apoiou lealmente a Saul e obteve outras vitórias sobre os filisteus. (1Sa 18:5-7) Naquele tempo, a tribo de Judá era como “um leãozinho”, não tendo ainda obtido poder régio na pessoa de Davi. — Gên 49:9.

Quando Saul passou a encarar Davi como ameaça para o seu reinado e o proscreveu, Davi ainda permaneceu leal a Saul como o ungido de Jeová. Nunca tomou partido com os inimigos de Israel, não prejudicou pessoalmente a Saul, nem permitiu que outros o fizessem. (1Sa 20:30, 31; 24:4-22; 26:8-11; 27:8-11; 30:26-31) Em vez disso, Davi lutou contra os inimigos de Israel. Em certa ocasião, Davi salvou dos filisteus a cidade de Queila, de Judá. — 1Sa 23:2-5.

Cumprimento da Bênção de Jacó em Davi. Por fim, veio o tempo devido de Deus para transferir o poder régio da tribo de Benjamim para a tribo de Judá. Em Hébron, após a morte de Saul, os homens de Judá ungiram Davi como rei. Mas as outras tribos apegaram-se à casa de Saul e constituíram o filho dele, Is-Bosete, como rei sobre eles. Ocorreram repetidos choques entre estes dois reinos, até que o mais forte apoiador de Is-Bosete, Abner, se bandeou para Davi. Pouco depois, Is-Bosete foi assassinado. — 2Sa 2:1-4, 8, 9; 3:1-4:12.

Depois disso, quando Davi obteve o reinado sobre todo o Israel, os ‘filhos de Jacó’, isto é, todas as tribos de Israel, elogiaram Judá e se prostraram diante do seu representante qual governante. Por isso, Davi pôde também avançar contra Jerusalém, embora fosse basicamente território benjamita, e, depois de capturar a fortaleza de Sião, torná-la sua capital. De modo geral, Davi atuou de maneira louvável. Assim, por meio dele, a tribo de Judá foi elogiada por qualidades tais como o juízo e a justiça, e também pelos serviços que prestou à nação, inclusive a manutenção da segurança nacional, como Jacó predissera na bênção no seu leito de morte. A mão de Judá estava deveras sobre a cerviz dos seus inimigos, quando Davi subjugou os filisteus (que haviam duas vezes tentado derrubá-lo como rei em Sião), bem como os moabitas, os sírios, os edomitas, os amalequitas e os amonitas. Assim, sob Davi, as fronteiras foram por fim estendidas aos limites ordenados por Deus. — Gên 49:8-12; 2Sa 5:1-10, 17-25; 8:1-15; 12:29-31.
Por motivo do pacto eterno para um Reino, feito com Davi, a tribo de Judá possuía o cetro e o bastão de comandante durante 470 anos. (Gên 49:10; 2Sa 7:16) Mas, somente durante os reinados de Davi e de Salomão havia um reino unido, em que todas as tribos de Israel se prostravam diante de Judá. Por causa da apostasia de Salomão perto do fim do seu reinado, Jeová arrancou dez tribos do próximo rei de Judá, Roboão, e as deu a Jeroboão. (1Rs 11:31-35; 12:15-20) Somente os levitas e as tribos de Benjamim e de Judá permaneceram leais à casa de Davi. — 1Rs 12:21; 2Cr 13:9, 10.


Reúven




A tribo de Rubén



O nome Rubem também representa a tribo constituída pelos descendentes de Rúben ou Rubem que era o primogênito dos 12 filhos de Jacó, neto de Isaque. Sua mãe era a esposa menos favorecida de Jacó, Lia, que chamou o menino de Rubem porque, segundo ela mesma disse, "O Senhor atendeu minha aflição."

Como a terra da sua herança, a tribo de Rubem proveio dos seus quatro filhos, Anoque, Palu, Esrom e Carmi, os cabeças familiares dos rubenitas. — Gên 46:8, 9; Êx 6:14; 1Cr 5:3.

Um ano depois do Êxodo do Egito, Elizur, filho de Sedeur, foi escolhido como maioral para representar a inteira tribo de Rubem. (Núm 1:1, 4, 5; 10:18) A tribo de Rubem foi coerentemente uma das menos numerosas entre as 12. Um censo realizado no segundo ano de peregrinação no ermo enumerou 46.500 rubenitas em condições de prestar serviço militar, com 20 anos de idade ou mais. Cerca de 39 anos depois, essa força, que somava então 43.730, era um pouco menor. — Núm 1:2, 3, 20, 21; 26:5-7.

No acampamento de Israel, os rubenitas, flanqueados pelos descendentes de Simeão e de Gade, situavam-se do lado S do tabernáculo. Quando em marcha, esta divisão de três tribos, encabeçada por Rubem, seguia a divisão de três tribos de Judá, Issacar e Zebulão. (Núm 2:10-16; 10:14-20) Esta também foi a ordem em que as tribos fizeram a apresentação de ofertas no dia da inauguração do tabernáculo. — Núm 7:1, 2, 10-47.

Quando Corá, o levita, rebelou-se contra Moisés, três rubenitas — Om, filho de Pelete, junto com Datã e Abirão, filhos de Eliabe — aderiram à revolta, acusando Moisés de tentar ‘desempenhar o papel de príncipe’ sobre eles e de não conseguir conduzi-los a uma ‘terra que manava leite e mel’. Nemuel, irmão de Datã e de Abirão, pelo visto não participou na revolta. (Núm 16:1, 12-14; 26:8, 9) Jeová mostrou que a revolta era, na verdade, um desrespeito contra Ele; ele fez com que a terra se abrisse e tragasse vivos os rebeldes e suas famílias, junto com todos os seus pertences. — Núm 16:23-33; De 11:6; veja ABIRÃO N.° 1.

Designações de Território. Pouco antes de Israel entrar na Terra Prometida, as tribos de Rubem e de Gade solicitaram que lhes fosse dado território ao L do Jordão. A terra fora conquistada através de vitórias contra os dois reis, Síon e Ogue. Arrazoaram que era ideal para eles por terem grandes rebanhos e manadas. Moisés concedeu-lhes este pedido (e à meia-tribo de Manassés), com uma condição, isto é, que as forças combatentes destas tribos também atravessassem o Jordão e ajudassem as demais tribos na conquista de Canaã, condição esta que as duas tribos e meia satisfizeram debom grado. — Núm 32:1-38; Jos 1:12-18; 4:12, 13; 12:6; 13:8-10.

Assim, a herança territorial de Rubem foi fixada antes de os israelitas cruzarem o Jordão, o próprio Moisés concedendo a esta tribo a parte sul do reino conquistado deSíon. Ela se estendia do vale da torrente do Árnon, fronteira natural que separava este território do de Moabe, ao S, até logo ao N do mar Morto; a terra ao N de Rubem foi dada aos gaditas. (Núm 34:13-15; De 3:12, 16; 29:8; Jos 13:15-23; 18:7) O território dos amonitas constituía a fronteira L, tendo o mar Morto e o rio Jordão ao oeste. (Jos 15:1, 6;18:11, 17) Uma das seis cidades de refúgio, Bezer, situava-se no território de Rubem. Esta e outras cidades rubenitas foram reservadas para o uso dos levitas. — De 4:41-43;Jos 20:8; 21:7, 36; 1Cr 6:63, 78, 79.

Quando por fim os israelitas chegaram ao coração de Canaã, Moisés orientou que a tribo de Rubem, junto com as de Gade, Aser, Zebulão, Dã e Naftali, fossem representadas no monte Ebal para a leitura das maldições e pragas, estando as demais tribos representadas no monte Gerizim para o pronunciamento das bênçãos. (De 27:11-13) Depois de fazer esses arranjos, Moisés abençoou Rubem junto com as demais tribos. Aos rubenitas, Moisés disse: “Viva Rubem e não morra, e não se tornem poucos os seus homens.” — De 33:1, 6.

No fim da campanha de Josué em Canaã, ele convocou as forças armadas de Rubem, de Gade e da meia-tribo de Manassés e, depois de elogiá-las por terem mantido a palavra dada a Moisés, enviou-as para casa com sua bênção. (Jos 22:1-8) Quando chegaram ao Jordão, erigiram um enorme altar na margem ocidental, ato que, tendo sido a princípio mal interpretado pelas outras tribos, quase resultou numa ruptura derelações, e até mesmo em guerra civil. Mas quando se explicou que o altar não era para sacrifícios, mas uma testemunha da fidelidade entre as tribos de ambos os lados do Jordão, o altar recebeu um nome, provavelmente “Testemunha”, pois, conforme disseram, “é testemunha entre nós de que Jeová é o verdadeiro Deus”. — Jos 22:9-34.

História Posterior. Muitos anos depois, quando Baraque e Débora entoaram um grande cântico de vitória, eles relembraram que os rubenitas não se juntaram a eles na batalha contra Sísera. Em resultado disso, “foram grandes [os] esquadrinhamentos do coração entre as divisões de Rubem”. (Jz 5:15, 16) Nos dias de Saul, os rubenitas juntaram forças com seus vizinhos e obtiveram grande vitória sobre os agarenos e seus aliados, “pois clamaram a Deus por socorro na guerra e ele se deixou suplicar a seu favor por confiarem nele”. (1Cr 5:10, 18-22) Os rubenitas então participaram na ocupação do território dos agarenos, pelo visto até que a Assíria subjugou Israel, no oitavo século AEC, quando os rubenitas se acharam entre os primeiros a serem conduzidos ao exílio. (1Cr 5:6, 22b, 26) Rubenitas individuais, e a tribo como um todo, são mencionados em relação à história de Davi, tanto antes como depois de ele se tornar rei. — 1Cr 11:26, 42; 12:37, 38; 26:32; 27:16.

Nas Profecias. Nos livros simbólicos de Ezequiel e de Revelação (Apocalipse), Rubemé mencionado em ordem significativa, junto com as demais tribos. Por exemplo, em visão, Ezequiel viu no meio das tribos a “contribuição sagrada” de terra, que continha o templo de Jeová, a cidade chamada “Jeová-Samá”, que significa “O Próprio Jeová Está Ali”, e o território pertencente aos sacerdotes, aos levitas e ao maioral. Logo adjacente a esta faixa sagrada, ao norte da cidade sagrada, ficava Judá, com Rubem como vizinho ao norte. (Ez 48:6-22, 35) Além disso, o portão chamado Rubem, no lado N da cidade santa, Jeová-Samá, era vizinho do que se chamava Judá. (Ez 48:31) Similarmente, na visão de João sobre a selagem das 12 tribos do Israel espiritual, a tribo de Rubem é mencionada em segundo lugar, depois da de Judá. — Re 7:4, 5.

Gad



Tribo de Gade


Tribo descendente dos sete filhos varões de Gade, sétimo filho de Jacó, primeiro dele com Zilpa. Os guerreiros desta tribo somaram 45.650 no segundo ano após o Êxodo do Egito. (Gên 46:16; Núm 1:1-3, 24, 25) Gade achava-se na divisão de três tribos junto com Rubem e Simeão. Seu acampamento ficava ao S do tabernáculo. (Núm 2:10-16) Em marcha, a divisão de Judá era a primeira, seguida pelos levitas das famílias de Gérson e de Merari, que carregavam o tabernáculo, e depois deles vinha a divisão de que Gade fazia parte. Eliasafe, filho de Deuel, era maioral do seu exército. (Núm 10:14-20) No fim da peregrinação pelo ermo, os combatentes de Gade eram apenas 40.500, um decréscimo de 5.150. — Núm 26:15-18.

Território. Os homens da tribo de Gade seguiram a ocupação dos seus antepassados como criadores de gado. (Gên 46:32) Por este motivo, solicitaram como seu quinhão de território a região pastoril ao L do Jordão. Moisés anuiu por designar este território a Gade, a Rubem e à metade da tribo de Manassés, que também tinham muito gado. Todavia, Moisés estipulou como condição que estas tribos ajudassem as outras em subjugar o território ao O do Jordão. Elas concordaram prontamente com isso, e depois de construir redis de pedra para o seu gado e cidades para os seus pequeninos, supriram sua quota de combatentes, a fim de cruzarem o Jordão para a conquista da terra. (Núm 32:1-36; Jos 4:12, 13) O território de Gade havia sido ocupado pelos amorreus, derrotados pelos israelitas sob a liderança de Moisés. — Núm 32:33; De 2:31-36; 3:8-20.

O país ocupado por Gade abrangia as baixadas ao longo da maior parte da margem oriental do rio Jordão, para o S quase até o mar Morto, e para o N até perto do mar de Quinerete. O território de Gade abrangia também os planaltos mais elevados, inclusive o vale da torrente do Jaboque. Portanto, grande parte de Gileade estava no quinhão de Gade. (De 3:12, 13) Gade se limitava ao N com Manassés e ao S com Rubem. — Jos 13:24-28.

Depois da conquista da terra, Josué deu aos de Gade uma parte do despojo e mandou-os de volta. Gade juntou-se então a Rubem e Manassés na construção dum grande altar junto ao Jordão. As outras tribos ficaram alarmadas com isso, mas foram acalmadas quando se explicou que o altar fora construído em testemunho de que eles, assim como as tribos ao O do Jordão, se empenhariam exclusivamente na adoração de Jeová. O altar devia dar garantia de que não havia divisão entre as tribos ao L e ao O do Jordão. — Jos 22:1-34.

Todas estas coisas estavam em harmonia com a bênção de Jacó sobre Gade: “Quanto a Gade, uma guerrilha o acometerá, mas ele acometerá a retaguarda.” (Gên 49:19) A tribo não tinha medo de ter um dos lados (o L) da sua fronteira exposta a guerrilhas. Não escolheram viver nos planaltos orientais apenas para se eximir de lutar pela terra de Canaã. As palavras de despedida de Jacó a Gade eram como uma ordem para revidar com confiança o ataque das guerrilhas que os atacassem e que violassem suas fronteiras. Além disso, os gaditas faziam incursões contra os incursores, pondo-os em fuga, e depois os gaditas perseguiam a retaguarda deles.

Moisés também falou das boas qualidades de Gade quando disse: “Bendito é aquele que alarga as fronteiras de Gade. Tem de residir como leão, e tem de dilacerar o braço, sim, o alto da cabeça. E selecionará para si a primeira parte, pois ali se reserva o lote dum legislador. E os cabeças do povo se ajuntarão. Ele certamente executará a justiça de Jeová e suas decisões judiciais para com Israel.” — De 33:20, 21.

Ramote de Gileade, no território de Gade, era uma das cidades de refúgio designadas por Moisés. (De 4:41-43) Outras cidades levitas no seu território eram Maanaim, Hésbon e Jázer. (Jos 21:38, 39) A cidade de Díbon, onde foi encontrada a famosa Pedra Moabita, em 1868 EC, foi uma das diversas cidades reconstruídas pelos gaditas quando tomaram posse do território. — Núm 32:1-5, 34, 35.

Gade Apoiou Davi. Quando Davi se achava restrito por causa de Saul, diversos cabeças de exército, dos filhos de Gade, cruzaram o rio Jordão na enchente, a fim de se passar para o lado dele em Ziclague, em Judá. São descritos como “homens poderosos, valentes, homens do exército, para a guerra, prontos com o escudo grande e a lança, cujas faces eram faces de leões, e eles eram iguais às gazelas nos montes em velocidade. . . . O mínimo era igual a cem e o maior igual a mil”. (1Cr 12:1, 8-15) Na sua luta com os agarenos e os aliados deles, disse-se a seu respeito (bem como de Rubem e Manassés): “Clamaram a Deus por socorro na guerra e ele se deixou suplicar a seu favor por confiarem nele.” Em resultado disso, caiu nas suas mãos um enorme número de cativos e muito gado. — 1Cr 5:18-22.

Seguiu Jeroboão. Na divisão do reino, a tribo de Gade apoiou a facção setentrional sob Jeroboão. Anos mais tarde, nos dias de Jeú, quando “Jeová principiou a cortar Israel pedaço por pedaço”, Gade, na sua posição exposta na fronteira oriental, tornou-se parte do campo de batalha entre o reino setentrional de Israel e a Síria. (2Rs 10:32, 33) Por fim, Tiglate-Pileser III, rei da Assíria, invadiu Gade e levou cativos os seus habitantes. Isto permitiu que os amonitas se apossassem deste território. — 2Rs 15:29; 1Cr 5:26; Je 49:1.

Na visão profética de Ezequiel, a respeito da divisão daquela terra, o quinhão designado a Gade se acha no extremo S. (Ez 48:27, 28) Na lista das tribos de Israel, no capítulo 7 de Revelação (Apocalipse), Gade é mencionado em terceiro lugar.

Asher



Tribo de Aser


O nome se aplica também à tribo que descendeu de Aser. Um ano após o Êxodo do Egito, os descendentes varões adultos desta tribo ascendiam a 41.500 (Núm 1:41), e, cerca de 39 anos mais tarde, tinham aumentado para 53.400, tornando-se a quinta tribomais numerosa. (Núm 26:47) No acampamento de Israel, Aser ocupava uma posição do lado N do tabernáculo, junto com as tribos de Dã e Naftali. — Núm 2:25-30.

Antes da entrada em Canaã, a bênção profética de Moisés predizia novamente uma parte próspera para Aser. A tribo, em sentido figurado, iria ‘mergulhar seu pé em azeite’. (De 33:24, 25; compare isso com Jó 29:6.) Seu quinhão de território estendia-se pelas planícies costeiras mediterrâneas, desde abaixo da cidade de Dor, ao S do monte Carmelo, subindo até o limite N da Palestina, em Sídon. (Jos 17:7-11; 19:24-31) Isto incluía algumas das terras mais férteis em todo o Israel, onde as oliveiras produziriam abundante azeite, ao passo que outras frutas também proveriam petiscos dignos deenobrecer uma mesa real. (Gên 49:20; De 33:24) Os territórios de Zebulão e de Naftali ficavam ao longo dos limites E de Aser, com Manassés e Issacar ao S e SE.

Aser é mencionada em Josué 17:7 como tendo fronteira com a tribo de Manassés. Aser é também mencionada neste mesmo relato, no versículo 10 de Josué 17, onde se refere claramente ao território tribal de Aser.

Naftali





Tribo de Naphtali


Tribo de Israel que levava o nome de Naftali e se compunha de quatro famílias tribais, descendentes dos filhos dele, Jazeel, Guni, Jézer e Silém. (Núm 26:48, 49) Cerca de um ano depois de os israelitas partirem do Egito, os homens combatentes desta tribo, dos 20 anos para cima, somavam 53.400. (Núm 1:42, 43) Enquanto estava no ermo, a tribo de Naftali, sob a liderança do seu maioral Aira, acampava ao N do tabernáculo, ao lado das tribos de Aser e de Dã. Como parte da divisão de três tribos do acampamento de Dã, a tribo de Naftali, junto com Dã e Aser, era a última na ordem de marcha e ocupava a importante posição de retaguarda. — Núm 1:15, 16; 2:25-31; 7:78; 10:25-28.

Quando se fez um segundo censo, cerca de quatro décadas depois do Êxodo do Egito, o número dos varões vigorosos da tribo havia caído para 45.400. (Núm 26:50) Entre os homens perdidos da tribo estava Nabi, um dos dez espias que trouxera um relatório mau e desanimou os israelitas de entrar na Terra da Promessa. — Núm 13:14, 16, 31-33;14:35-37.

Depois de finalmente cruzar o Jordão e participar na conquista de Jericó e Ai, sob a liderança de Josué, Naftali foi uma das tribos que ‘ficara de pé para a invocação do mal’ diante do monte Ebal. (Jos 6:24, 25; 8:28, 30-35; De 27:13) Quando chegou o tempo da repartição da terra em heranças tribais, Pedael, como divinamente designado representante da tribo de Naftali, ajudou nisso a Josué e a Eleazar, o sacerdote. — Núm 34:16, 17, 28; Jos 19:51.

Herança de Terra. O território designado à tribo de Naftali ficava na parte setentrional da Terra da Promessa. (De 34:1, 2) Ao L, ela confinava com o mar da Galiléia e o rio Jordão. Por uma boa distância, o território de Aser se estendia ao longo da fronteira ocidental. A região designada a Zebulão confinava com Naftali tanto ao O como ao S, e Issacar ficava ao S. (Veja Jos 19:32-34.) A menção de que o termo de Naftali atingia “Judá no Jordão” (Jos 19:34) evidentemente não significa que se estendia até o território da tribo de Judá, situada a uma considerável distância ao S de Naftali. Neste caso, “Judá” provavelmente se refere à região ao L do Jordão ocupada pela família de Jair. Embora Jair fosse considerado manassita, em razão da sua linhagem materna (Núm 32:41; Jos 13:29, 30), ele, pelo lado do pai, era descendente de Judá. (1Cr 2:5, 21, 22) De modo que a região dada à família de Jair podia apropriadamente ser chamada de Judá, à base da linhagem paterna de Jair.

O território de Naftali incluía 19 cidades fortificadas e seus povoados. (Jos 19:35-39) Uma destas cidades, Quedes, foi dada aos levitas e atribuiu-se-lhe condição sagrada como cidade de refúgio. (Jos 20:7, 9) Mais duas cidades, Hamate (Hamote-Dor ou Hamom) e Cartã (Quiriataim), também foram designadas aos levitas. (Jos 19:35; 21:6,32; 1Cr 6:62, 76) Os cananeus não foram expulsos de Bete-Semes e Bete-Anate, mais duas cidades de Naftali, mas foram sujeitos a trabalhos forçados. — Jz 1:33.

A terra antigamente ocupada pela tribo de Naftali, embora montanhosa (Jos 20:7), é fértil. Especialmente férteis são a planície triangular (de Genesaré), no lado NO do mar da Galiléia, e a região de Hula (Hulé). A bênção dirigida por Moisés a Naftali talvez aluda à terra de herança da tribo. “Naftali está satisfeito com a aprovação e cheio da bênção de Jeová. Toma deveras posse do oeste e do sul.” (De 33:23) “Oeste” pode também ser traduzido por “mar” (CBC) ou por “lago” (AlA), e, portanto, pode indicar o mar da Galiléia; e “sul” talvez designe o território mais sulino de Naftali, beirando este mar. Existe também a possibilidade de que o texto, embora aluda ao mar da Galiléia, devia rezar: “O mar e seus peixes são a sua posse.” — NM n.

Do Tempo dos Juízes Até o Exílio. Na sua profecia no leito de morte, Jacó referira-se a Naftali como “corça esbelta”. (Gên 49:21) Isto talvez aluda à ligeireza da tribo e sua perícia na guerra, e a história da tribo parece comprovar isso. Dez mil homens de Naftali e de Zebulão atenderam corajosamente a convocação de Baraque para combater as bem-equipadas forças sob o comando de Sísera, e, depois, foram abençoados com a vitória. O próprio Baraque, evidentemente, era da tribo de Naftali, visto que Quedes, em Naftali, parece ter sido sua cidade. (Jz 4:6-15; 5:18) A tribo de Naftali também deu apoio ao juiz Gideão na luta contra os midianitas. — Jz 6:34, 35; 7:23, 24.

Anos mais tarde, 1.000 chefes e mais 37.000 guerreiros da tribo de Naftali vieram a Hébron para tornar Davi rei sobre todo o Israel. Relacionado com os festejos deste evento, trouxeram-se alimentos de tão longe como Issacar, Zebulão e Naftali. (1Cr 12:23, 34, 38-40) Sob a liderança do Rei Davi, a tribo de Naftali parece ter tido uma participação notável na subjugação dos inimigos de Israel. — Sal 68:cab., 1, 27.

Algumas décadas depois da divisão do reino de Israel, Naftali sofreu hostilização do rei sírio Ben-Hadade I. (1Rs 15:20; 2Cr 16:4) Cerca de dois séculos depois, durante o reinado de Peca, habitantes de Naftali foram levados ao exílio assírio por Tiglate-Pileser III. (2Rs 15:29) Quase um século depois da derrubada do reino setentrional, o Rei Josias, de Judá, destemidamente estendeu sua destruição dos apetrechos da idolatria ao N, até os lugares devastados de Naftali dominado pela Assíria. — 2Cr 34:1-7.

A Profecia de Isaías. É bem possível que a humilhação sofrida às mãos dos assírios seja mencionada em Isaías 9:1: “A obscuridade não será como quando a terra estava em aperto, como no tempo anterior, quando se tratava com desprezo a terra de Zebulão e a terra de Naftali.” A seguir, Isaías indica que num tempo posterior se daria honra ao que havia sido tratado com desprezo — “o caminho junto ao mar, na região do Jordão, Galiléia das nações”. Ele prossegue: “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz. Quanto aos que moram na terra de sombra tenebrosa, resplandeceu sobre eles a própria luz.” (Is 9:1, 2) Estas mesmas palavras foram citadas por Mateus (4:13-17) e aplicadas a Cristo Jesus, “a luz do mundo”, e à sua atividade. (Jo 8:12) Visto que Jesus fez de Cafarnaum, no território de Naftali, a “sua própria cidade” (Mt 4:13; 9:1), em certo sentido ele podia ser considerado como pertencente a Naftali. Portanto, também as palavras proféticas de Jacó a respeito de Naftali: “Ele dá palavras de elegância”, poderiam razoavelmente ser aplicadas a Jesus. (Gên 49:21) O filho de Deus deveras proferiu “palavras de elegância”, induzindo até mesmo oficiais mandados para prendê-lo a exclamar: “Nunca homem algum falou como este.” — Jo 7:46.

Mencionado em Visões. Na visão de Ezequiel, a terra designada a Naftali ficava entre Aser e Manassés (Ez 48:3, 4), e um dos portões da cidade chamada “O Próprio Jeová Está Ali” levava o nome de Naftali. (Ez 48:34, 35) Também em visão, o apóstolo João ouviu que haviam sido selados 12.000 da tribo (espiritual) de Naftali. — Re 7:4, 6.

Menashé


Tribo de Manassés


Tribo de Israel que descendeu de Manassés, filho de José, e que consistia em sete famílias tribais. Cerca de um ano depois de os israelitas partirem do Egito, os varões vigorosos de Manassés, de 20 anos de idade para cima, somavam 32.200. (Núm 1:34, 35) Este número, sem dúvida, incluía Gadi, um dos dez homens que trouxeram um relatório mau depois de espiar a Terra da Promessa. (Núm 13:1, 2, 11, 25-33) Por ocasião do segundo censo feito quase quatro décadas mais tarde, os varões registrados dessa tribo haviam aumentado para 52.700, excedendo Efraim em 20.200. (Núm 26:28-34, 37) Evidentemente, pois, foi com respeito ao futuro papel inferior de Manassés que Moisés falou dos “milhares de Manassés”, mas das “dezenas de milhares de Efraim”. — De 33:17.

No ermo, a tribo de Manassés, sob a liderança do seu maioral Gamaliel, filho de Pedazur, acampava ao O do tabernáculo, ao lado de Efraim e de Benjamim. Esta divisão de três tribos era a terceira na ordem de marcha. — Núm 1:10, 16; 2:18-24; 7:54; 10:23.

Conquistas em Ambos os Lados do Rio Jordão. Quando os israelitas derrotaram os reis amorreus Síon e Ogue, Moisés concedeu as terras que conquistaram deles aos rubenitas, aos gaditas e à metade da tribo de Manassés, sob a condição de que estas tribos participassem na conquista do território ao O do Jordão. (Núm 32:20-33; 34:14, 15;De 29:7, 8) O setor setentrional da região ao L do Jordão parece ter sido tomado principalmente pelos esforços dos manassitas, tendo sido partes dele conquistadas por Jair, Noba e “os filhos de Maquir”. Por este motivo, Moisés designou-lhes esta região. — Núm 32:39-42; De 3:13-15; 1Cr 2:21, 22.

Mais tarde, homens da “meia tribo de Manassés”, que já haviam recebido sua herança, deveras cruzaram o Jordão e participaram na conquista das terras ao oeste. (Jos 1:12-18; 4:12) Eles estavam também entre os reunidos diante do monte Gerizim, quando Josué “leu em voz alta todas as palavras da lei, a bênção e a invocação do mal”. (De 27:12; Jos 8:33, 34) Sob a liderança de Josué, os israelitas quebrantaram o poderio dos cananeus, derrotando 31 reis no decurso de cerca de seis anos. (Jos 12:7-24) Depois, embora ainda restassem territórios para conquistar, Josué, ajudado pelo sumo sacerdote Eleazar e por divinamente designados representantes de dez tribos (inclusive o manassita Haniel, filho de Éfode), repartiram o país em parcelas de herança. — Núm 34:17, 23; Jos 13:1-7.

Herança de Terra. Metade da tribo de Manassés, naturalmente, já possuía sua herança ao L do Jordão. Esta incluía Basã e parte de Gileade. (Jos 13:29-31) Ao S ficava Gade, sendo Maanaim a cidade de fronteira. (Jos 13:24-26, 30) Esta região era predominantemente um planalto, com uma elevação média de uns 610 m. Ali se encontrava Golã, uma das seis cidades de refúgio, e Beesterá (Astarote), outra cidade levítica. — Jos 20:8, 9; 21:27; 1Cr 6:71.

A metade remanescente dos manassitas recebeu por herança território ao O do Jordão. (Jos 17:2, 5) Era limitado por Efraim ao S, por Aser ao NO, por Issacar ao NE e pelo mar Mediterrâneo ao O. Desde Micmetate, a fronteira entre Efraim e Manassés se estendia até Tapua, seguindo pelo vale da torrente de Cana, e terminava no Mediterrâneo. (Veja Jos 16:5-8; 17:7-10.) Ao passo que os efraimitas tinham certas cidades encravadas em Manassés, designaram-se aos manassitas cidades encravadas (Bete-Seã, Ibleão, Dor, En-Dor, Taanaque e Megido, bem como suas aldeias dependentes) tanto em Issacar como em Aser. (Jos 16:9; 17:11) Os manassitas deixaram de expulsar os cananeus dessas cidades encravadas, mas, com o tempo, sujeitaram-nos a trabalhos forçados. (Jos 17:11-13; Jz 1:27, 28; compare isso com 1Cr 7:29.) Duas destas cidades encravadas, Taanaque (Aner?) e Ibleão (Bileão ou Gate-Rimom?), foram designadas a levitas coatitas. — Jos 21:25, 26; 1Cr 6:70.

História. Depois de completada a distribuição das terras, Josué abençoou os homens de Rubem, de Gade e da oriental “meia tribo de Manassés”, e encorajou-os a continuarem a servir a Jeová. (Jos 22:1-8) Eles partiram de Silo, foram até o Jordão, e então, perto deste rio, construíram um altar. Isto quase que provocou uma guerra civil, visto que as outras tribos consideravam isso como ato de infidelidade e de rebelião. Todavia, a questão foi resolvida pacificamente quando se explicou que se erigira este altar, não para sacrifícios, mas para servir de memorial de fidelidade a Jeová. — Jos 22:9-31.

Num período posterior, Gideão, juiz manassita, foi usado por Jeová para libertar os israelitas da opressão dos midianitas. (Jz 6:11-16, 33-35; 7:23; 8:22) Jefté foi evidentemente outro juiz da tribo de Manassés. Foi durante o seu juizado que Israel foi liberto da hostilização dos amonitas. — Jz 11:1, 32, 33.

Algum tempo durante o reinado do primeiro rei de Israel, Saul, os rubenitas, os gaditas e a oriental “meia tribo de Manassés” obtiveram uma vitória decisiva sobre os agarenos e seus aliados. (1Cr 5:10, 18-22) Também, neste período geral, manassitas, inclusive homens de notável valentia, estavam entre os que desertaram Saul para se juntar a Davi. (1Cr 12:19-21) Depois da morte de Saul e de seu sucessor, Is-Bosete, 18.000 manassitas da região ao O do Jordão, e outros milhares da área ao L do Jordão chegaram a Hébron para fazer Davi rei sobre todo o Israel (1070 AEC). — 1Cr 12:31,37, 38.

Anos mais tarde, as extensas reformas religiosas empreendidas pelo Rei Asa, de Judá, induziram muitos manassitas a desertar o reino setentrional “ao verem que Jeová, seu Deus, estava com ele”. (2Cr 15:8, 9) Por ocasião duma grande assembléia, no 15.° ano do reinado de Asa (963 AEC), eles se juntaram a outros em fazer um pacto para buscar a Jeová. (2Cr 15:10, 12) De modo similar, no reinado do Rei Ezequias, de Judá (745-717 AEC), ao passo que muitos caçoavam dos mensageiros enviados por ele para fazer um convite de vir a Jerusalém para a celebração da Páscoa, outros manassitas de bom grado se humilharam e reagiram favoravelmente. Depois disso, esses acatadores participaram em destruir os apetrechos de idolatria. — 2Cr 30:1, 10, 11, 18; 31:1.

Anteriormente (c. 760 AEC), Tiglate-Pileser (Tilgate-Pilneser) III havia levado ao exílio os manassitas que moravam ao L do Jordão. (1Cr 5:23-26) Mais ou menos na mesma época, parece que havia conflitos intertribais entre Efraim e Manassés. Mas, ambas as tribos estavam unidas na sua oposição a Judá. — Is 9:20, 21.

Quase um século depois do fim do reino das dez tribos, o Rei Josias, de Judá, estendeu sua destruição de altares, pedestais de incenso, postes sagrados e imagens, todos usados para a adoração falsa, aos lugares devastados de Manassés e a outras regiões fora de Judá (a partir de 648 AEC). Este rei de Judá mandou também fazer consertos no templo, sendo a própria obra financiada por contribuições de israelitas de diversas tribos, inclusive Manassés. — 2Cr 34:1-11.

Após o retorno do exílio babilônico (537 AEC), alguns manassitas moravam em Jerusalém. — 1Cr 9:1-3.


Na visão de Ezequiel, a terra designada a Manassés ficava entre Naftali e Efraim. (Ez 48:4, 5) A tribo de Manassés é também representada como uma das tribos do Israel espiritual. — Re 7:6.

Shim´on




Tribo de Simeão


Tribo de Israel descendente das famílias dos seis filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul. (Gên 46:10; Êx 6:15) Durante a peregrinação de Israel pelo ermo, Simeão acampava junto com Rubem e Gade ao S do tabernáculo, sendo a divisão de três tribos encabeçada por Rubem. Em marcha, mantinha-se este mesmo arranjo tribal, servindo Selumiel de maioral de Simeão, tanto do acampamento como do exército. — Núm 1:4, 6; 2:10-15; 10:18-20.

Redução da População da Tribo. Por ocasião do primeiro censo, feito um ano após o Êxodo do Egito, a tribo de Simeão tinha 59.300 varões vigorosos de 20 anos para cima, aptos para o serviço militar. (Núm 1:1-3, 22, 23) Todavia, uns 39 anos mais tarde, o segundo censo revelou que a tribo sofrera grandes perdas, havendo apenas 22.200 na mesma categoria. Isto importava num decréscimo de mais de 62 por cento, muito mais do que o sofrido por qualquer das outras tribos. — Núm 26:1, 2, 12-14.

Moisés não mencionou Simeão por nome na sua bênção de despedida de Israel. Isto não quer dizer que a tribo não fora abençoada, porque foi incluída no fim, na bênção geral. (De 33:6-24, 29) Simeão foi mencionado em primeiro lugar entre as tribos designadas para ficar em pé no monte Gerizim, relacionado com o proferimento de bênçãos. — De 27:11, 12.

O tamanho reduzido de Simeão sem dúvida foi tomado em consideração na designação dos respectivos territórios na Terra da Promessa; a tribo não recebeu um quinhão independente, indiviso, mas, em vez disso, recebeu cidades inteiramente encerradas dentro do território de Judá. Assim se cumpriu a profecia de Jacó no leito de morte, proferida mais de 200 anos antes. (Núm 34:16-20; Jos 19:1-9; compare isso com Gên 49:5-7.) Simeão participou com Judá em arrancar este território das mãos dos cananeus. (Jz 1:1-3, 17) Reservaram-se também para a tribo de Levi cidades encravadas na herança de Simeão. — Jos 21:4, 9, 10; 1Cr 6:64, 65.

Menção na Posterior História Bíblica. Os simeonitas são de vez em quando mencionados na história posterior de Israel — no tempo de Davi (1Cr 4:24-31; 12:23, 25;27:16), nos dias de Asa (2Cr 15:8, 9) e no tempo de Josias (2Cr 34:1-3, 6, 7). Esta última referência, às reformas de Josias, mostra que, embora geograficamente Simeão se encontrasse no território de Judá, política e religiosamente havia lançado sua sorte com o reino setentrional. Parece que, nos dias de Ezequias, 500 simeonitas golpearam os remanescentes dos amalequitas e passaram a morar em seu lugar. — 1Cr 4:41-43.


Nos livros proféticos de Ezequiel e de Revelação (Apocalipse), o nome de Simeão ocorre ao lado de outros das tribos de Israel. A faixa de território designada a Simeão na demarcação da Terra da Promessa visionada por Ezequiel ficava entre as de Benjamim e de Issacar, ao S da “contribuição sagrada”. Mas o portão designado a Simeão no lado S da cidade santa ficava junto aos que receberam o nome de Issacar e de Zebulão. (Ez 48:21-25, 28, 33) Na visão dos 144.000 selados, no capítulo 7 de Revelação, Simeão é a sétima tribo alistada. — Re 7:7.



Yissachar




Tribo de Issacar


Uma das doze tribos de Israel; os descendentes de Jacó por meio de seu filho Issacar.

Quando se fez o primeiro censo depois da saída do Egito, o número de varões vigorosos aptos para a guerra, de 20 anos ou mais, dessa tribo, era de 54.400. (Núm 1:17-19, 28, 29) Um censo similar feito uns 39 anos depois mostrava que a tribo elevara seu número de registrados para 64.300, e, nos dias de Davi, sua força combatente somava 87.000. (Núm 26:23-25; 1Cr 7:5) Houve 200 cabeças dessa tribo que se dirigiram para Hébron, em 1070 AEC, quando Davi foi coroado “rei sobre todo o Israel”. — 1Cr 12:23, 32, 38.

No esquema do grande acampamento no ermo, as famílias de Issacar, junto com as da tribo de seu irmão germano, Zebulão, ficavam nos flancos de Judá, do lado L do tabernáculo (Núm 2:3-8); quando em marcha, esta divisão de três tribos foi designada para partir primeiro. (Núm 10:14-16) As bênçãos de despedida de Moisés sobre as tribos agrupavam Issacar e Zebulão (De 33:18), porém, alguns anos depois, foram separadas, quando as tribos foram divididas em dois grupos para ouvir a leitura das bênçãos e das maldições da Lei entre as montanhas de Gerizim e Ebal. — De 27:11-13; Jos 8:33-35; veja EBAL, MONTE.

Quando foi repartida a Terra Prometida, Issacar foi a quarta tribo escolhida por sorte para receber sua herança, que resultou ser mormente situada no fértil vale de Jezreel. Limitavam-se com Issacar, ao N, os territórios tribais de Zebulão e de Naftali, a L, o rio Jordão, ao S, o território de Manassés, e, ao O, parte da área consignada a Aser. O monte Tabor situava-se ao longo de sua fronteira N, com Zebulão, ao passo que a cidade de Megido situava-se perto de seu limites SO, e Bete-Seã estava na direção de seus limites SE. Neste território situavam-se várias cidades cananéias e seus povoados dependentes. (Jos 17:10; 19:17-23) Foi aqui, neste seleto vale, que a tribo de Issacar, segundo a bênção de Moisés, ‘alegrou-se nas suas tendas’. — De 33:18.

Assemelhar Issacar, filho de Jacó, a um “jumento de ossos fortes” evidentemente indicava uma qualidade também refletida na tribo que dele descendia. (Gên 49:14, 15) A terra que lhes fora consignada era deveras “agradável”, uma parte fértil da Palestina, boa para a agricultura. Issacar parece ter recebido de bom grado o trabalho árduo envolvido nessa tarefa. Seu ‘encurvar o ombro para levar fardos’ revela boa disposição. Assim, embora a tribo não se notabilizasse de forma especial, pelo que parece podia ser elogiada por assumir seu quinhão da carga de responsabilidade.

Certas cidades incluídas na possessão de Issacar foram designadas como cidades encravadas que pertenciam à tribo vizinha de Manassés, inclusive as destacadas cidades de Megido e Bete-Seã. (Jos 17:11) Várias cidades menores em seu território, junto com seus pastios circunvizinhos, também foram reservadas para a tribo de Levi. (Jos 21:6, 28, 29; 1Cr 6:62, 71-73) Mais tarde, Issacar forneceu seu quinhão (uma duodécima parte das necessidades anuais) para sustentar a corte de Salomão. — 1Rs 4:1, 7, 17.

Dentre os indivíduos preeminentes de Issacar havia Igal, o espia selecionado da tribo que juntou-se a outros em aconselhar Israel a não entrar na Terra Prometida. (Núm 13:1-3, 7, 31-33) Como maiorais da tribo, Netanel serviu depois do Êxodo (Núm 1:4, 8;7:18; 10:15), Paltiel quando Israel entrou na Terra Prometida (Núm 34:17, 18, 26), e Onri durante o reinado de Davi. — 1Cr 27:18, 22.

Issacar foi alistado entre os que apoiaram o juiz Baraque na derrota das forças de Jabim, sob Sísera. (Jz 4:2; 5:15) Mais tarde, por 23 anos, Tola, da tribo de Issacar, foi um dos juízes de Israel. (Jz 10:1, 2) Após a divisão do reino unido, Baasa, de Issacar, foi o terceiro governante do reino setentrional. Iníquo que era, Baasa assassinou seu predecessor para ganhar o trono, e o deteve por 24 anos. (1Rs 15:27, 28, 33, 34) Cerca de 200 anos depois, Ezequias, rei de Judá, convidou os do reino setentrional para participarem na observância da Páscoa, e muitos de Issacar, aceitando o convite, viajaram a Jerusalém para a celebração. — 2Cr 30:1, 13, 18-20.

Nos livros de Ezequiel e de Revelação (Apocalipse), Issacar é alistado com as demais tribos e, em vista da natureza profética dessas visões, a tribo obviamente tem significado simbólico. — Ez 48:25, 26, 33; Re 7:7.

Levi



Tribo de Levi


Descendentes de Levi, terceiro filho de Jacó com Léia. (Gên 29:32-34) Às vezes, o termo se aplica a toda a tribo, mas, geralmente, exclui a família sacerdotal de Arão (Jos 14:3, 4;21:1-3); assim, a expressão “sacerdotes e levitas” é comum. (1Rs 8:4; 1Cr 23:2; Esd 1:5;Jo 1:19) Os deveres sacerdotais se restringiam aos membros varões da família de Arão, sendo que os levitas, o restante da tribo, atuavam como ajudantes. (Núm 3:3, 6-10) Este arranjo começou quando se ergueu o tabernáculo, uma vez que, antes disso, nenhuma família ou tribo específica fora designada para oferecer os sacrifícios. — Êx 24:5.

Tomados Como Resgate Para os Primogênitos. Os levitas foram escolhidos por Jeová em lugar de todos os primogênitos das outras tribos. (Êx 13:1, 2, 11-16; Núm 3:41) Contados a partir de um mês de idade, totalizavam 22.000 varões levitas que podiam ser trocados pelo mesmo número de primogênitos varões das outras tribos. O recenseamento feito no ermo do Sinai revelou que havia 22.273 primogênitos nas outras tribos. Por conseguinte, Deus exigiu que se pagasse um preço de resgate de cinco siclos (US$ 11) a Arão e seus filhos para cada um dos 273 primogênitos a mais que o número de levitas. — Núm 3:39, 43, 46-51.

Deveres. Os levitas eram formados por três famílias, provenientes dos filhos de Levi: Gérson (Gersom), Coate e Merari. (Gên 46:11; 1Cr 6:1) Cada uma destas famílias recebeu um lugar designado, próximo do tabernáculo, no ermo. A família coatita de Arão acampava em frente ao tabernáculo, para o L. Os demais coatitas acampavam no lado S, os gersonitas ao O, e os meraritas ao N. (Núm 3:23, 29, 35, 38) Armar, desmontar e transportar o tabernáculo era função dos levitas. Quando chegava a hora de levantar acampamento, Arão e seus filhos retiravam a cortina que dividia o Santo do Santíssimo, e cobriam a arca do testemunho, os altares e outros móveis e utensílios sagrados. Os coatitas então transportavam estas coisas. Os gersonitas transportavam os panos da tenda, as coberturas, os cortinados do pátio, os reposteiros e os cordões da tenda (evidentemente as cordas do próprio tabernáculo), e os meraritas cuidavam das armações dos painéis, das colunas, dos pedestais de encaixe, e das estacas e cordões da tenda (as cordas do pátio que cercava o tabernáculo). — Núm 1:50, 51; 3:25, 26, 30, 31, 36, 37; 4:4-33; 7:5-9.

O trabalho dos levitas foi altamente organizado sob Davi, que designou supervisores, oficiais, juízes, porteiros e tesoureiros, bem como amplo número de pessoas para ajudar os sacerdotes no templo, nos pátios e nos refeitórios, em relação com as ofertas, os sacrifícios, o trabalho de purificação, de pesar, de medir, e os vários deveres de vigilância. Os músicos levitas foram organizados em 24 grupos, similar às divisões sacerdotais, e serviam em rodízio. Os deveres eram determinados por sortes. No caso dos grupos de porteiros, escolhia-se do mesmo modo a designação para determinada porta. — 1Cr 23, 25, 26; 2Cr 35:3-5, 10.

Nos dias de Moisés, era aos 30 anos de idade que o levita assumia seus plenos deveres, tais como carregar o tabernáculo e seus utensílios quando este mudava. (Núm 4:46-49) Alguns deveres podiam ser realizados a partir dos 25 anos, mas, aparentemente, não o serviço pesado, como transportar o tabernáculo. (Núm 8:24) Nos dias do Rei Davi a idade foi reduzida para 20 anos. A razão apresentada por Davi foi que o tabernáculo (que então seria substituído pelo templo) não mais teria de ser transportado. Designações de serviço obrigatório terminavam à idade de 50 anos. (Núm 8:25, 26; 1Cr 23:24-26; veja IDADE, ERA.) Os levitas tinham de ser bem versados na Lei, não raro sendo convocados para lê-la em público e para ensiná-la ao povo. — 1Cr 15:27; 2Cr 5:12; 17:7-9; Ne 8:7-9.

Sustento. O sustento dos levitas provinha principalmente dos dízimos das outras tribos, sendo-lhes dado um décimo de tudo que era produzido do solo e do gado. Os levitas, por sua vez, repassavam um décimo disso para os sacerdotes. (Núm 18:25-29; 2Cr 31:4-8;Ne 10:38, 39) Também, embora os levitas fossem eximidos do serviço militar, eles, junto com os sacerdotes, compartilhavam de alguns dos despojos da batalha. (Núm 1:45-49;31:25-31; veja DÍZIMO.) Os levitas não tiveram nenhuma consignação de território em Canaã, Jeová sendo seu quinhão. (Núm 18:20) No entanto, outras tribos de Israel deram-lhes um total de 48 cidades espalhadas por toda a Terra Prometida. — Núm 35:1-8.

Forneceram Defensores da Verdadeira Adoração. Os levitas supriram alguns exemplos notáveis de entusiasmo em favor da adoração verdadeira. Isto se evidenciou no incidente do bezerro de ouro e, novamente, quando os levitas deixaram o território de Jeroboão, depois da divisão do reino. (Êx 32:26; 2Cr 11:13, 14) Também se mostraram zelosos em apoiar os reis Jeosafá, Ezequias e Josias, bem como os governadores Zorobabel e Neemias, e o sacerdote-escriba Esdras, nos empenhos destes de restaurar a adoração verdadeira em Israel. — 2Cr 17:7-9; 29:12-17; 30:21, 22; 34:12, 13; Esd 10:15; Ne 9:4, 5, 38.

A tribo como um todo, contudo, não apoiou o Filho de Deus em seu trabalho de restauração, ainda que alguns levitas individualmente se tornassem cristãos. (At 4:36, 37) Muitos dos sacerdotes levitas tornaram-se obedientes à fé. (At 6:7) Com a destruição de Jerusalém e de seu templo, em 70 EC, os registros familiares dos levitas foram perdidos ou destruídos, pondo fim ao sistema levítico. Mas uma “tribo de Levi” constitui parte do Israel espiritual. — Re 7:4, 7.
O nome da tribo é também a base para o nome do livro bíblico de Levítico. Este livro trata extensamente dos levitas e seus deveres.


Zevulun






Tribo de Zebulom


O nome Zebulom refere-se também à tribo que descendia dele através dos seus três filhos. Cerca de um ano depois de os israelitas terem sido libertos da escravidão no Egito, os varões vigorosos desta tribo, de 20 anos para cima, ascendiam a 57.400. (Núm 1:1-3, 30, 31) Um segundo censo feito no fim dos 40 anos de peregrinação de Israel no ermo revelou um aumento de 3.100 varões registrados. — Núm 26:26, 27.

No ermo, a tribo de Zebulão, junto com as tribos de Judá e de Issacar, acampava ao L do tabernáculo. Esta divisão de três tribos era a primeira na ordem de marcha. Eliabe, filho de Helom, serviu de maioral do exército zebulonita. — Núm 1:9; 2:3-7; 7:24; 10:14-16.

Herança Tribal. O moribundo patriarca Jacó declarou a respeito da herança da tribo de Zebulão: “Zebulão residirá junto à costa marítima e estará junto à costa onde ancoram os navios; e sua parte remota será pelos lados de Sídon.” (Gên 49:13) Visto que Sídon encontrava-se ao N de Israel e visto que o território de Zebulão seria em direção a Sídon, a localização do território de Zebulão seria setentrional. Embora não confinasse diretamente com o mar, a região designada a Zebulão ficava entre o mar da Galiléia ao L e o Mediterrâneo ao O, e assim dava aos zebulonitas fácil acesso a ambas essas massas de água. Por isso podiam facilmente empenhar-se em intercâmbio comercial, a que talvez aludam as palavras de bênção de Moisés: “Alegra-te, ó Zebulão, na tua saída.” — De 33:18.

Na época em que continuava em Silo a distribuição da Terra da Promessa, a terceira sorte saiu para Zebulão. (Jos 18:8; 19:10-16) Para ajudar na divisão daquela terra, Elizafã, filho de Parnaque, era o divinamente designado representante da tribo de Zebulão. (Núm 34:17, 25) Depois de se terem fixado os termos territoriais, Zebulão ficou cercado por Aser (Jos 19:24, 27), Naftali (Jos 19:32-34) e Issacar.

Diversas cidades dos levitas estavam situadas no território de Zebulão. (Jos 21:7, 34, 35;1Cr 6:63, 77) De uma delas, Naalol (Naalal), os zebulonitas deixaram de expulsar os cananeus, o que se deu também com a cidade de Quitrom. — Jz 1:30.

Notáveis Guerreiros. A tribo de Zebulão produziu guerreiros corajosos. Dez mil homens de Naftali e de Zebulão atenderam a convocação de Baraque para lutar contra as forças sob o comando de Sísera. (Jz 4:6, 10) Depois da vitória, Baraque e Débora cantaram: “Zebulão era um povo que desdenhava a sua alma até a morte.” (Jz 5:18) Entre os que apoiaram Baraque havia zebulonitas “que manejam o equipamento de escrevente”, evidentemente encarregados de contar e alistar os guerreiros. (Jz 5:14; compare isso com 2Rs 25:19; 2Cr 26:11.) Zebulonitas também se juntaram ao juiz Gideão em resposta à sua convocação de guerreiros. (Jz 6:34, 35) Entre os apoiadores de Davi havia 50.000 zebulonitas, homens leais que não tinham “coração dúplice”. (1Cr 12:33, 38-40) Durante o reinado de Davi, os zebulonitas evidentemente tiveram uma participação notável na subjugação dos inimigos de Israel. — Sal 68:27.

Atitude Para com a Adoração Verdadeira. Na segunda metade do oitavo século AEC, alguns da tribo de Zebulão humilharam-se e acataram o convite do Rei Ezequias, de Judá, para participar da celebração da Páscoa em Jerusalém. (2Cr 30:1, 10, 11, 18, 19) Séculos mais tarde, em cumprimento da profecia de Isaías (Is 9:1, 2), Cristo Jesus pregou no território do antigo Zebulão e parece ter encontrado ali ouvidos atentos. — Mt 4:13-16.

Mencionado em Visões. Na visão de Ezequiel, a designação de território de Zebulão ficava entre Issacar e Gade (Ez 48:26, 27), e um dos portões da cidade “O Próprio Jeová Está Ali” levava o nome de Zebulão. (Ez 48:33, 35) O apóstolo João, em visão, ouviu que haviam sido selados 12.000 da tribo (espiritual) de Zebulão. — Re 7:4, 8.

Yossef




Tribo de José


Jacó Abençoa José e Outros Filhos. Mais tarde, Jacó, no leito de morte, convocou todos os seus filhos e os abençoou individualmente. Comparou José ao “broto duma árvore frutífera”. Esta “árvore frutífera” era o próprio patriarca Jacó, e José tornou-se um dos ramos de destaque. (Gên 49:22) Embora hostilizado por arqueiros e alvo de rancor, o arco de José “morava num lugar permanente e a força das suas mãos era ágil”. (Gên 49:23, 24) Isto se podia dizer a respeito do próprio José. Seus meios-irmãos lhe tinham rancor e figurativamente atiraram nele para o destruir. No entanto, José retribuiu-lhes com misericórdia e benevolência, qualidades que eram como flechas que acabaram com o rancor deles. Os arqueiros inimigos não conseguiram matar José, nem enfraquecer sua devoção à justiça e sua afeição fraternal.

No entanto, em sentido profético, as palavras de Jacó podiam aplicar-se às tribos descendentes dos dois filhos de José, Efraim e Manassés, e suas batalhas futuras. (Veja De 33:13, 17; Jz 1:23-25, 35.) É de interesse notar que a tribo de Efraim produziu Josué (Oséias; Jeosué), sucessor de Moisés e líder da luta contra os cananeus. (Núm 13:8, 16; Jos 1:1-6) Outro descendente de José, Gideão, da tribo de Manassés, com a ajuda de Jeová, derrotou os midianitas. (Jz 6:13-15; 8:22) E Jefté, evidentemente também da tribo de Manassés, subjugou os amonitas. — Jz 11:1, 32, 33; compare isso com Jz 12:4; Núm 26:29.

Outros aspectos da bênção profética de Jacó também têm paralelo no que se passou com José. Quando José, em vez de se vingar, fez provisões para a família inteira de Jacó, ou Israel, ele era como pastor e pedra de apoio para Israel. Visto que Jeová dirigia os assuntos de modo que ele pudesse servir assim, José procedera das mãos do “Potentado de Jacó”. José, provindo de Jeová Deus, tinha a ajuda Dele. Estava com o Todo-poderoso no sentido de que estava do lado de Jeová, e, por isso, era beneficiário da Sua bênção. — Gên 49:24, 25.

As tribos descendentes de José por meio de Efraim e Manassés também receberiam a bênção de Jeová. Jacó disse: “[O Todo-poderoso] te abençoará com as bênçãos dos céus acima, com as bênçãos da água de profundeza jazendo embaixo, com as bênçãos dos peitos e da madre.” (Gên 49:25) Isto garantia aos descendentes de José os necessários suprimentos de água do céu e do subsolo, bem como uma grande população. — Veja De 33:13-16; Jos 17:14-18.

As bênçãos que Jacó proferiu sobre o seu amado filho José haviam de servir de ornamento para as duas tribos descendentes de José. Essas bênçãos haviam de ser um ornamento superior às bênçãos das florestas e das fontes, que adornam os montes sempiternos e os morros de duração indefinida. Haviam de ser uma bênção permanente, continuando sobre a cabeça de José e dos descendentes dele enquanto houvesse montes e morros. — Gên 49:26; De 33:16.

José foi “selecionado dentre os seus irmãos” porque Deus o escolheu para desempenhar um papel especial. (Gên 49:26) Ele se havia distinguido por demonstrar excelente espírito e capacidade de supervisionar e organizar. Por isso, era apropriado que bênçãos especiais descessem sobre o alto da cabeça dele.

Depois de Jacó ter terminado de abençoar seus filhos, ele morreu. José lançou-se então sobre a face de seu pai e o beijou. Acatando o desejo de Jacó, de ser sepultado na caverna de Macpela, José providenciou que médicos egípcios embalsamassem o corpo de seu pai em preparação para a viagem a Canaã. — Gên 49:29-50:13.

Atitude Para com Seus Irmãos. Depois do retorno do sepultamento de Jacó, os meios-irmãos de José, ainda atormentados pela consciência pesada, temiam que José se vingasse, e pediram perdão. Em vista disso, José irrompeu em lágrimas, consolando-os e assegurando-lhes que não havia motivo para terem medo: “Não tenhais medo, pois, estou eu no lugar de Deus? Quanto a vós, tencionastes o mal contra mim. Deus tencionou-o para o bem, com o objetivo de agir assim como no dia de hoje, para preservar vivo a muito povo. Agora, pois, não tenhais medo. Eu mesmo suprirei alimento a vós e às vossas criancinhas.” — Gên 50:14-21.

Morte. José sobreviveu ao seu pai uns 54 anos, atingindo a idade de 110 anos. Teve o privilégio de ver até mesmo alguns dos seus bisnetos. Antes de morrer, José, em fé, solicitou que seus ossos fossem levados a Canaã por ocasião do Êxodo dos israelitas. Quando morreu, o corpo de José foi embalsamado e colocado num ataúde. — Gên 50:22-26; Jos 24:32; He 11:22.

O Nome José Recebe Destaque. Em vista da posição destacada de José entre os filhos de Jacó, era bem apropriado que seu nome fosse às vezes usado para designar todas as tribos de Israel (Sal 80:1) ou aquelas que foram incluídas no reino setentrional. (Sal 78:67; Am 5:6, 15; 6:6) Seu nome consta também em profecias bíblicas. Na visão profética de Ezequiel, a herança de José é uma porção dupla (Ez 47:13), um dos portões da cidade “O Próprio Jeová Está Ali” leva o nome de José (Ez 48:32, 35), e com referência à reunificação do povo de Jeová, fala-se de José como maioral de uma parte da nação e de Judá como maioral da outra parte. (Ez 37:15-26) A profecia de Obadias indicava que “a casa de José” participaria na destruição da “casa de Esaú” (Ob 18), e a de Zacarias indicava que Jeová salvaria “a casa de José”. (Za 10:6) José, em vez de Efraim, aparece como uma das tribos do Israel espiritual. — Re 7:8.


Estar José alistado em Revelação (Apocalipse) 7:8 sugere que a profecia de Jacó, no leito de morte, teria aplicação ao Israel espiritual. Portanto, é digno de nota que o Potentado de Jacó, Jeová Deus, proveu Cristo Jesus como o Pastor Excelente que depôs a sua vida a favor das “ovelhas”. (Jo 10:11-16) Cristo Jesus é também a pedra de alicerce sobre a qual repousa o templo de Deus composto dos israelitas espirituais. (Ef 2:20-22; 1Pe 2:4-6) E este Pastor e Pedra está com o Deus Todo-poderoso. — Jo 1:1-3;At 7:56; He 10:12; compare isso com Gên 49:24, 25.

Binyamin




Tribo de Benjamin


O nome Benjamim também designa a tribo que descendeu do filho de Jacó. Por ocasião do Êxodo do Egito, era a segunda menor (depois de Manassés) quanto à população masculina, dentre todas as tribos. (Núm 1:36, 37) No censo realizado mais tarde, nas planícies de Moabe, a tribo de Benjamim tinha subido para o sétimo lugar. (Núm 26:41) Quando acampada no deserto, a tribo ocupava um lugar ao O do tabernáculo, junto com as tribos que descendiam de Manassés e de Efraim, filhos de José, e esta divisão de três tribos ocupava o terceiro lugar na ordem de marcha. — Núm 2:18-24.

Em Canaã, o território designado à tribo de Benjamim situava-se entre os das tribos de Efraim e de Judá, ao passo que o território de Dã fazia fronteira com ele ao O. Sua fronteira ao N ia do rio Jordão, perto de Jericó, cruzava a região montanhosa junto a Betel e continuava na direção O, até um ponto próximo da Bete-Horom Baixa; partindo dali, a fronteira ocidental descia para Quiriate-Jearim, daí, no S, virava para o L e passava por Jerusalém através do vale de Hinom, serpenteava pelas encostas escarpadas orientais até o Jordão, novamente na extremidade N do mar Morto, o rio Jordão formando assim sua fronteira oriental. (Jos 18:11-20; compare a fronteira N de Judá, em Jos 15:5-9, com a fronteira S dos “filhos de José”, em Jos 16:1-3.) Do N ao S, a região media cerca de 19 km, e de L a O, cerca de 45 km. Com exceção da parte do vale do Jordão ao redor do oásis de Jericó, o território era montanhoso e irregular, embora tivesse algumas áreas férteis nas encostas ocidentais. Os vales de torrente que iam em direção O, para a planície filistéia, e em direção L, para o Jordão, tornavam esta área uma das principais vias de acesso à região dos altiplanos, tanto para fins comerciais como militares. As forças bélicas dos filisteus investiram contra esta região durante a parte inicial do reinado de Saul, saqueando à vontade os israelitas, tendo por base seu acampamento em Micmás, a uma curta distância ao N da casa de Saul, em Gibeá, até que a proeza de Jonatã, em Micmás, deu início ao seu desbaratamento e fuga para as planícies costeiras. — 1Sa 13:16-18; 14:11-16, 23, 31, 46.

Entre as cidades destacadas, alistadas como designadas originalmente a Benjamim, acham-se Jericó, Betel, Gibeão, Gibeá e Jerusalém. A conquista de Betel, porém, foi efetuada pela casa de José. Numa época posterior, Betel tornou-se uma cidade destacada da vizinha tribo de Efraim e um centro da idólatra adoração do bezerro. (Jz 1:22; 1Rs 12:28, 29; veja BETEL N.° 1.) Embora Jerusalém também fizesse parte do território de Benjamim, encontrava-se na fronteira com Judá; e foi esta tribo que inicialmente capturou e incendiou a cidade. (Jz 1:8) No entanto, nem Judá nem Benjamim tiveram êxito em expulsar os jebuseus da cidadela de Jerusalém (Jos 15:63;Jz 1:21), e foi somente durante o governo do Rei Davi que se assumiu completo controle dela e se fez dessa cidade a capital de Israel. — 2Sa 5:6-9.

Durante o período dos juízes, a tribo de Benjamim demonstrou um espírito de obstinação, ao recusar-se a entregar os responsáveis por um ato vil cometido na cidade de Gibeá. Isto levou a uma guerra civil com as outras tribos, que estavam determinadas a não permitir que tal erro passasse sem punição, e quase que resultou no extermínio da tribo de Benjamim. (Jz 19-21) Todavia, pelo método engendrado pelas demais tribos para a preservação dessa tribo, Benjamim recuperou-se e cresceu de cerca de 600 homens para quase 60.000 guerreiros até o tempo do reinado de Davi. — 1Cr 7:6-12.

A capacidade de luta dos descendentes de Benjamim foi representada na profecia do leito de morte de Jacó, em que ele disse a respeito deste filho amado: “Benjamim continuará a dilacerar como lobo. De manhã comerá o animal apanhado e à noitinha repartirá o despojo.” (Gên 49:27) Os combatentes benjamitas eram famosos por sua habilidade com a funda, lançando pedras quer com a direita quer com a esquerda, e atingindo o alvo “num cabelo”. (Jz 20:16; 1Cr 12:2) O juiz Eúde, canhoto, matador do opressivo Rei Eglom, era de Benjamim. (Jz 3:15-21) Pode-se também notar que foi na “manhã” do reino de Israel que a tribo de Benjamim, embora uma ‘das menores tribos’ forneceu o primeiro rei de Israel, Saul, filho de Quis, que se mostrou feroz lutador contra os filisteus. (1Sa 9:15-17, 21) Semelhantemente, na “noitinha”, no que se referia à nação de Israel, a tribo de Benjamim forneceu a Rainha Ester e o primeiro-ministro Mordecai, que serviram para salvar os israelitas do aniquilamento sob o Império Persa. — Est 2:5-7.
Embora certos homens dentre os benjamitas apoiassem o proscrito Davi quando ele estava sendo perseguido pelo Rei Saul (1Cr 12:1-7, 16-18), quando Saul morreu, a maioria da tribo deu seu apoio inicial a Is-Bosete, filho de Saul. (2Sa 2:8-10, 12-16) Depois disso, contudo, reconheceram o reinado de Davi, e, dali em diante, permaneceram leais ao reino de Judá, com raras exceções. Entre alguns, tais como Simei e Seba, continuou a haver um espírito sectário, resultando em alienação temporária (2Sa 16:5; 20:1-22); mas, por ocasião da divisão daquela nação, em que a tribo vizinha de Efraim (que descendia do sobrinho de Benjamim) se tornou a tribo destacada do reino setentrional, a tribo de Benjamim aderiu fielmente a Judá, em reconhecimento do decreto de Jeová. — 1Rs 11:31, 32; 12:21; 2Cr 11:1; Gên 49:8-10.

Depois do exílio em Babilônia, as tribos de Benjamim e de Judá eram as mais destacadas entre os israelitas restabelecidos na Palestina. (Esd 4:1; 10:9) A associação leal de Benjamim com Judá e Jerusalém, sem dúvida, contribuiu para sua posição na visão de Ezequiel sobre a divisão da terra sob o reino prometido, visão em que a tribo de Benjamim é representada como situada bem na fronteira meridional da “contribuição sagrada”, ao passo que a tribo de Judá é colocada na fronteira setentrional. — Ez 48:8,21-23.

Entre os leais seguidores de Jesus, “o Leão que é da tribo de Judá”, encontrava-se o apóstolo Paulo, benjamita, que mostrou ser ferrenho lutador na guerra espiritual contra doutrinas e práticas falsas. (Re 5:5; Ro 11:1; Fil 3:5) A tribo de Benjamim é de direito representada entre as tribos do Israel espiritual. — Re 7:8.

Cartas antigas, encontradas em Mari, às margens do rio Eufrates, e reputadas serem do século 18 AEC, mencionam uma tribo feroz de nômades chamados Binu-jamina. A respeito deste nome, O Novo Dicionário da Bíblia declara que alguns peritos “têm procurado nesse nome os antecedentes da tribo bíblica; mas a diferença quanto ao tempo e à origem torna muito incerta tal identificação”. — Editor organizador J. D. Douglas, 1966, Vol. I, p. 203, Edições Vida Nova.

Dan






Tribo de Dã

Uma das tribos de Israel, levando o nome do 5.° filho de Jacó. Husim, filho de Dã, era também chamado de Suão, e os suamitas eram a única família alistada de Dã. (Núm 26:42) Quando entrou no Egito, Dã tinha apenas este único filho, mas, uns dois séculos mais tarde, depois de sair da escravidão, a tribo somava 62.700 homens de 20 anos de idade para cima. (Gên 46:23; Núm 1:1, 38, 39) Era a segunda tribo mais populosa quanto a homens em idade de ir à guerra. No ermo, a tribo de Dã, tendo a Aiezer por maioral, foi designada para acampar ao N do tabernáculo, ao lado das tribos de Aser e Naftali. Ao partirem, a tribo marchava na importantíssima posição de retaguarda, um elogio à sua coragem, lealdade e confiabilidade. — Núm 2:25-31; 10:25.

Quando a Terra da Promessa foi repartida, sendo Dã representada pelo maioral Buqui, filho de Jogli, resultou que esta tribo recebeu um dos menores territórios, apesar de numericamente ainda ser a segunda maior. Sua sorte, porém, a sétima, saiu para um solo bem desejável, fronteiro às tribos de Judá, Efraim e Benjamim, uma terra que se estendia desde os vales férteis da Sefelá até as planícies costeiras do Mediterrâneo. Mas, por não ter expulsado as nações que a ocupavam, conforme Jeová ordenara, Dã sofreu severamente. (Núm 26:43; 34:22; Jos 19:40-46; Jz 1:34) Foi por este motivo que parte da tribo se mudou para a extremidade setentrional da Palestina e tomou a cidade de Lesem, ou Laís, e chamou-a de “Dã”. (Jos 19:47, 48; Jz 18:11-31) No decorrer desta façanha, os danitas roubaram dum homem chamado Micá a sua imagem esculpida e a estabeleceram como seu próprio deus, apesar de que membros de Dã, anos antes, haviam sido escolhidos para ficar de pé para as maldições proclamadas desde o monte Ebal, as quais incluíam: “Maldito o homem que fizer uma imagem esculpida ou uma estátua fundida, uma coisa detestável para Jeová.” (De 27:13-15) Dã ficou conspícuo por não dar apoio ao juiz Baraque contra as forças de Sísera. — Jz 5:17.

Na história bíblica, certas pessoas da tribo de Dã destacaram-se. Havia Ooliabe, filho de Aisamaque, que recebeu sabedoria divina para ajudar Bezalel; era um homem muito hábil como bordador e tecelão de materiais caros para guarnecer o tabernáculo. (Êx 31:1-6; 35:34, 35; 38:22, 23) Sansão, fiel servo de Jeová como juiz de Israel durante 20 anos, mostrou ser verdadeira tanto a profecia de leito de morte de Jacó (“Dã julgará seu povo”) como a predição de Moisés (“Dã é filhote de leão”). (Gên 49:16; De 33:22; Jz 13:2, 24, 25; 15:20) Quando Davi se tornou rei, 28.600 danitas faziam parte das suas tropas leais. Mais tarde menciona-se Azarel, filho de Jeroão, como destacado príncipe da tribo. (1Cr 12:35; 27:22) A mãe do “homem hábil” que o rei de Tiro enviou para ajudar Salomão na construção do templo era da tribo de Dã. — 2Cr 2:13, 14.
3. Cidade no extremo N da Palestina. Antes de sua captura pela tribo de Dã era chamada de Lesem, ou Laís, pelos habitantes pagãos. (Jos 19:47; Jz 18:7, 27) Os danitas reconstruíram a cidade destruída e chamaram-na de “Dã, segundo o nome de seu pai, Dã”. (Jz 18:28, 29) No entanto, a cidade é mencionada cerca de quatro séculos antes pelo nome de Dã, no relato sobre Abraão ir “até Dã” no encalço de Quedorlaomer e seus aliados. (Gên 14:14) Não há nenhum argumento contrário à existência deste nome, Dã, como aplicado à região indicada no tempo de Abraão. A correspondência deste nome primitivo com o do antepassado da tribo de Dã pode ter sido coincidência ou mesmo ter sido divinamente dirigida.

O nome Dã aparece de novo no Pentateuco, em Deuteronômio 34:1, onde está incluído entre as extremidades do território visto por Moisés na sua última vista da Terra da Promessa, da sua posição no monte Nebo. Visto que Dã ficava ao sopé das montanhas Antilíbano (e não muito longe do monte Hermom), isto talvez signifique que Moisés podia enxergar aquela cadeia de montanhas. O uso do nome de Dã, aqui, talvez corresponda ao seu uso no caso de Abraão, ou simplesmente seja resultado de Josué ter registrado a parte final do livro, que inclui eventos ocorridos depois da morte de Moisés.

Dã ficava “na baixada que pertencia a Bete-Reobe”, e, esta região, ao N das águas de Merom e pouco abaixo do Líbano, era fértil e muito desejável, bem regada. (Jz 18:28) O lugar tem sido identificado com Tell el-Qadi (Tel Dan), nome árabe que significa “Outeiro do Juiz”, preservando assim o significado do hebraico “Dã”. Duas nascentes ali se juntam para formar o Nahr el-Leddan, que é a mais caudalosa das correntes que se unem uns poucos quilômetros mais abaixo para formar o Jordão. A cidade encontrava-se numa grande elevação perto do sopé meridional do monte Hermom e dominava a espaçosa bacia de Hulé. Sua posição era também estratégica, visto que se encontrava na importante rota comercial entre Tiro e Damasco.

Dã passou a ser sinônimo do extremo N de Israel, conforme mostra a freqüente expressão “desde Dã até Berseba”. (Jz 20:1; 1Sa 3:20; 2Sa 3:10; 1Rs 4:25; 2Cr 30:5) Na realidade, havia outras cidades mais ao N de Dã, assim como havia diversas cidades mais ao S de Berseba, mas, pelo que parece, Dã era uma cidade de grande importância no N, assim como Berseba era no S. Por causa da sua posição, era logicamente uma das primeiras a sofrer quando o país era invadido desde o N, como na invasão pelo sírio Ben-Hadade. (1Rs 15:20; 2Cr 16:4) Isto, sem dúvida, é refletido nas expressões proféticas de Jeremias, em Jeremias 4:15; 8:16. Após a divisão do reino, Jeroboão erigiu bezerros de ouro em Dã e em Betel, no empenho de manter seus súditos afastados do templo em Jerusalém. — 1Rs 12:28-30; 2Rs 10:29.

Efrayim




Tribo de Efraim


 O nome Efraim também é aplicado à tribo que descendeu dele. Cerca de um ano depois do Êxodo do Egito, os 40.500 homens combatentes de Efraim, de 20 anos ou mais, ultrapassaram em 8.300 os varões vigorosos de Manassés. (Núm 1:1-3, 32-35) No entanto, no fim dos 40 anos de peregrinação pelo ermo, os varões registrados de Efraim totalizavam apenas 32.500, ou 20.200 menos do que os de Manassés. (Núm 26:34, 37) Todavia, predissera-se que Efraim se tornaria a maior. Moisés, quando abençoou os israelitas, mencionou profeticamente “as dezenas de milhares de Efraim”, mas apenas “os milhares de Manassés”. — De 33:17.

No ermo, os efraimitas, tendo como maioral a Elisama, foram designados a acampar do lado O do tabernáculo, junto com as tribos de Manassés e de Benjamim. Esta divisão de três tribos era a terceira na ordem de marcha. — Núm 2:18-24.

Território Tribal. O território designado à tribo de Efraim ocupava uma parte central de Canaã, ao O do Jordão. A tribo também tinha cidades encravadas no território de Manassés. Ao N, Efraim fazia fronteira com Manassés, e, ao S, com Benjamim e Dã. (Jos 16:1-9) Esta região, embora montanhosa e colinosa, é abençoada com um solo rico e fértil, e, nos tempos antigos, tinha muitas florestas. (Jos 17:15, 17, 18) O maioral Quemuel serviu como representante divinamente designado de Efraim na divisão da Terra da Promessa em parcelas de herança. — Núm 34:18, 24.

Em Silo, em Efraim, fora erguido o tabernáculo. (Jos 18:1) Além de Siquém, cidade de refúgio, diversas outras cidades levitas também estavam situadas no território de Efraim. (Jos 21:20-22; 1Cr 6:66-69) De uma destas cidades levitas, Gezer, os efraimitas não expulsaram os cananeus, mas sujeitaram-nos a trabalhos forçados de escravos. — Jos 16:10; Jz 1:29.

Efraim, de Josué a Davi. O território de Efraim foi cenário de numerosos eventos notáveis. Em Siquém, o efraimita Josué, sucessor de Moisés, congregou as tribos de Israel e apelou para que elas servissem fielmente a Jeová. (Jos 24:1, 14, 15) Também, aqui em Siquém, foram por fim sepultados os ossos de José, e tanto Josué como Eleazar, filho de Arão, foram sepultados na região montanhosa de Efraim. (Jos 24:29-33) Mais tarde, o juiz Eúde, benjamita, convocou os israelitas na região montanhosa de Efraim para lutar contra os moabitas. (Jz 3:26-30) Após a morte de Eúde, a profetisa Débora, de sua moradia na região montanhosa de Efraim, mandou buscar Baraque como o designado por Jeová para livrar Israel da opressão do Rei Jabim. No cântico de vitória de Baraque e Débora, Efraim é a primeira tribo mencionada. (Jz 4:1-7; 5:14) Numa época posterior, Tola, da tribo de Issacar, julgou Israel por 23 anos enquanto morava em Samir, na região montanhosa de Efraim. (Jz 10:1, 2) O último dos juízes, o profeta Samuel, da tribo de Levi, nasceu em Ramá, na região montanhosa de Efraim, e foi ali que ele, quando adulto, montou seu lar. — 1Sa 1:1, 2, 19, 20; 7:15-17.

O orgulho e o desejo extremado de destaque causaram sérias dificuldades aos efraimitas em seu relacionamento com as demais tribos. Esta característica já se manifestava no tempo dos juízes. Por exemplo, os efraimitas tentaram altercar com Gideão por não os ter chamado mais cedo para lutar contra Midiã. No entanto, o tato empregado por Gideão, nessa ocasião, evitou um choque. (Jz 8:1-3) Mais tarde, embora tivessem anteriormente rejeitado a oportunidade de ajudar Jefté, os efraimitas se sentiram desprezados por ele não os ter chamado para lutar contra os amonitas. Guerrearam contra Jefté e sofreram humilhante derrota; milhares deles foram mortos nos vaus do Jordão, onde foram identificados como efraimitas por causa da sua pronúncia da senha “Xibolete” como “Sibolete”. — Jz 12:1-6; veja também 2Cr 25:10.

Após a morte do Rei Saul, entre aqueles que chegaram a Hébron para entregar o reinado a Davi havia 20.800 homens de Efraim. — 1Cr 12:23, 30.

Tribo Dominante do Reino Setentrional. Desde o tempo em que o reino foi dividido, durante o reinado de Roboão, Efraim, como a tribo mais destacada e influente do reino setentrional, fez um nome ruim para si. (Os 13:1) O primeiro rei, o efraimita Jeroboão, estabeleceu a adoração do bezerro em Dã e em Betel. (1Rs 11:26; 12:25-30) Este mergulho na idolatria nunca se inverteu.

Como a tribo dominante do reino setentrional, Efraim veio a representar o inteiro reino das dez tribos. (2Cr 25:7; Je 7:15) Por conseguinte, os profetas Oséias e Isaías dirigiram suas fortes denúncias contra Efraim. Oséias condenou Efraim por misturar-se com as nações, aprendendo obras delas e servindo aos seus ídolos. Comparou Efraim a um bolo redondo que não foi virado, assado ou mesmo queimado na parte de baixo, mas não assado na parte de cima. (Os 7:8; compare isso com Sal 106:35, 36; Os 4:17;12:14.) Embora estranhos tivessem esvaído as forças de Efraim, este, em vez de se voltar para Jeová, recorreu ao Egito em busca de ajuda, e fez um pacto com a Assíria. Assim, Efraim era como uma pomba simplória que não conseguiria escapar de ser apanhada numa rede. — Os 7:9-12; 8:9; compare isso com 2Rs 17:4; Os 12:1.

O profeta Isaías dirigiu-se aos ‘orgulhosos ébrios de Efraim’. Sua independência do reino de Judá, e suas alianças com a Síria e com outras nações, os haviam afetado como uma bebida inebriante. No entanto, sofreriam um desastre. — Is 7:1, 2, 5-9, 17; 9:9-12; 17:3;28:1-3.

Todavia, os profetas de Jeová predisseram também que cessaria o espírito de ciúme e de hostilidade existente entre Efraim (o reino das dez tribos) e Judá (o reino das duas tribos). (Is 11:13; Je 31:6) Judá e Efraim ficariam unidos, e Efraim seria restaurado no favor divino. — Je 31:18-20; 50:19; Ez 37:16-19; Za 10:7.

Ao passo que a tribo de Efraim estabeleceu uma reputação má, houve pessoas naquela tribo que seguiram o proceder correto. No reinado do Rei Asa, de Judá, por exemplo, muitos efraimitas bandearam-se para o seu lado ao verem que Jeová estava com ele. (2Cr 15:9) Mais tarde, efraimitas também estavam presentes na celebração da Páscoa, em Jerusalém, no primeiro ano do reinado de Ezequias, e depois disso participaram em destruir os objetos usados na idolatria. (2Cr 30:18; 31:1) Todavia, quando Ezequias mandou o convite para que os israelitas do N viessem à Páscoa, seus correios sofreram zombarias e caçoadas da parte de muitos em Efraim, Manassés e Zebulão. O orgulho impediu que esses se humilhassem e descessem a Jerusalém para a Páscoa. — 2Cr 30:10, 11.


Bibliografia


https://www.esbocandoideias.com/2011/08/o-que-significa-12-tribos-de-israel.html, acessado em 07/03/2017

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribos_de_Israel, acessado em 06/03/2017

http://www.infoescola.com/biblia/as-doze-tribos-de-israel/, acessado em 06/03/2017

http://www.judaismonazareno.org/news/por-que-a-tribo-de-dan-da-nao-aparece-na-lista-de-apocalipse-7/, acessado em 06/03/2017

http://wol.jw.org/pt/wol/d/pt, acessado em 07/03/2017




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